O objetivo de Genealogia da Moral é desafiar a visão tradicional dos valores morais. Nietzsche argumenta que os valores morais não são baseados em princípios universais, mas sim em interesses e desejos particulares. Ele distingue duas morais fundamentais: a moral senhorial e a moral escravocrata.
A moral senhorial é a moral dos nobres, dos fortes e dos poderosos. Essa moral é baseada em valores como a nobreza, a coragem e a força. Os nobres acreditam que são superiores aos outros e que têm o direito de governar.
A moral escravocrata é a moral dos fracos, dos oprimidos e dos dominados. Essa moral é baseada em valores como a humildade, a compaixão e a igualdade. Os escravos acreditam que são inferiores aos nobres e que precisam se submeter a eles.
A moral escravocrata surgiu como uma reação à moral senhorial. Os escravos, sentindo-se inferiorizados, desenvolveram uma moral que inverteu os valores da moral senhorial. Eles passaram a considerar bons os valores que os nobres consideravam maus, e a considerar maus os valores que os nobres consideravam bons.
A genealogia da moral tem implicações profundas para a nossa compreensão dos valores morais. Nietzsche nos mostra que os valores morais não são absolutos, mas sim produtos da história e da cultura. Isso significa que devemos questionar os valores morais que nos foram inculcados e procurar desenvolver nossos próprios valores.
Genealogia da Moral é uma obra desafiadora e provocativa. Ela nos obriga a pensar de forma crítica sobre os valores morais que nos guiam.
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